Charlotte, assim como sua mãe, é uma atriz e cantora muito talentosa, que escolhe bem os filmes em que fará suas aparições. Em Melancolia a atriz é uma dona de casa (Claire), casada com um homem muito rico, com quem vive em uma mansão completamente isolada da civilização. A vida luxuosa e protegida em que vivem, no entanto, é profundamente afetada por dois acontecimentos simultâneos: a possível colisão do planeta Melancholia com a Terra e o estado profundo de melancolia que acomete a irmã mais nova de Claire, Justine (interpretada por Kirsten Dunst).
O filme possui não só um argumento muito forte, a possibilidade do apocalipse, mas também trabalha esse conflito de forma muito original. Longe do caos das multidões e sensacionalismos midiáticos, o diretor enfatiza o medo e o vazio que acometem qualquer ser humano diante da possibilidade da destruição completa do que ele conhece por mundo. Não apenas sua própria morte, mas o fim de todo e qualquer traço ou vestígio daquilo que chamamos "humanidade".
Repleto de imagens belas e impactantes o filme parece alcançar o âmago da questão da melancolia - não apenas falando sobre o tema, mas instaurando no próprio espectador esse estado.
Charlotte com sua voz doce, seus gestos simples e sem afetação dá uma boa interpretação à personagem de Claire.
Para quem tiver interesse em outros trabalho da atriz, fica a dica do Anticristo (também de Lars von Trier) que pode ser encontrado em locadoras e Science of sleep (de Michel Gondry), que não foi lançado no Brasil mas que pode ser encontrado na internet.
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